[FUTEBOL A OESTE] Rodada 16 - Desportivo Brasil 0x1 Grêmio Prudente

Estreia vitoriosa do Grêmio Prudente na 2ª fase do Paulistão A3!

Em partida válida pela 16ª rodada - correspondente a 1ª rodada da 2ª fase de grupos da competição -, a equipe prudentina superou o Desportivo Brasil em Porto Feliz por 0x1, e somou seus três primeiros pontos no Grupo 3. 

     Primeiramente, importante pontuar em análise que embora consolidado o trabalho da comissão técnica prudentina no que diz respeito à estruturação e organização coletiva, a composição da equipe poderá vir a apresentar alterações pontuais em relação ao elenco inscrito na fase anterior, isto em função das recentes contratações efetuadas por parte da diretiva do clube, justamente no intuito de reforçar o elenco nessa fase da competição que se inicia, almejando o acesso à divisão superior em 2024. 

     Especificamente sobre a partida, em termos de composição do onze inicial, promovida a estreia de Édipo na função de referência ofensiva, em detrimento de Elias, que vinha atuando na função com regularidade no recorte final da 1ª fase. 
   
[1o tempo] Estruturação padrão inicial.

     No tocante ao comportamento coletivo padrão, manutenção dos conhecidos mecanismos defensivo e ofensivo, isto é, posicionamento nos moldes de um 442 compactado em bloco médio ou baixo, e postura combativa em relação ao homem da bola a partir da faixa central, enquanto iniciativa pela construção qualificada da posse de bola desde a saída, sempre baseando-se na atuação articulada dos dois defensores centrais mais o pivô defensivo, controle do ritmo, e progressão gradual em bloco.    

     Uma vez mais, eficiente a variação comportamental coletiva defensiva apresentada na primeira parte do primeiro tempo, consistente na alternância entre o posicionamento combativo em bloco médio e a iniciativa de avanço e combate em bloco alto. De se ressaltar que majoritariamente eficaz a variação defensiva em questão em razão do bom desempenho da primeira linha defensiva da equipe, que, ainda que exposta e desafiada em bolas longas, tem se mostrado segura e consistente. 

     Sob a perspectiva ofensiva, extenso o repertório criativo do lado direito da equipe, sobretudo nas associações entre Helder e Wandson, que se alternam em progressão por dentro e pelo corredor, revezando-se nas funções de promoção de amplitude e de ataque ao espaço em profundidade. 


[1o tempo] Mecanismo ofensivo padrão.


[1o tempo] Variação de mecanismo ofensivo.


[1o tempo] Mecanismo defensivo padrão.


[1o tempo] Variação de mecanismo defensivo. 

     Em demonstração de um excelente nível coletivo na primeira parte do primeiro tempo, em detrimento da até então apática equipe do DB, a equipe se impôs no campo adversário, controlou a posse e o ritmo, e elaborou com muita qualidade as ações ofensivas, sobretudo a partir das atuações de Cesinha, Helder, Potiguar, Wandson, Luquinha e Rafinha.      

     Isto é, ampla superioridade da equipe prudentina, que já havia criado ao menos três grandes oportunidades - as duas primeiras, de Helder e de Luquinha, encerradas em finalizações no travessão - até a construção do 0x1 aos 20' com o próprio Luquinha.

     Sobre o gol, jogada oriunda de construção curta em movimentação dos meio-campistas centrais até a inversão de Rodrigo para Wandson na faixa direita ofensiva, que dessa vez encontrou a progressão de Rafinha em direção à grande área - o meio-campista flutuou às costas dos marcadores em diagonal, da faixa central para o lado direito ofensivo na oportunidade -, e, por sua vez, cruzou para a finalização tranquila de Luquinha na marca penal. 

     Destaque pontual para Rafinha - meio-campista que tem oscilado muito em termos de desempenho ao longo do Paulistão A3 -, de excelente atuação na primeira etapa, móvel às costas dos meio-campistas adversários ao encontrar espaços para receber passes, e dinâmico e fluído nas ações com bola, e para Luquinha, agora um dos recordistas em jogos oficiais pela equipe do Grêmio Prudente, e artilheiro da equipe da competição com cinco gols marcados. 

     Em vantagem no placar, conforme inclusive tem sido o habitual comportamento da equipe prudentina, posicionamento defensivo em bloco médio e manutenção da compactação coletiva, diminuídas as iniciativas de pressão no campo adversário no restante da primeira etapa, ao passo que, ofensivamente, limitação às bolas longas em direção aos extremos Luquinha e Wandson. Simultaneamente, crescimento do DB no que tange ao ímpeto coletivo, e consequente adiantamento da equipe em campo, além de promovidas duas alterações em momento posterior ao 0x1. 

     A partir daí, certa ocupação do campo defensivo do Grêmio Prudente por parte da equipe do DB, e oportunidades pontuais cedidas em ocasiões de bolas paradas - grande oportunidade perdida pela equipe adversária ao término do primeiro tempo, inclusive. A equipe prudentina, por sua vez, ineficaz nas transições ofensivas e nos lançamentos longos. 

     No retorno do intervalo, e até a expulsão do atleta do Desportivo Brasil aos 64', continuidade do panorama visto ao final do primeiro tempo. A equipe prudentina postou-se no campo defensivo, limitando-se a tentar conter os avanços do adversário, e pouco produzindo em termos de transição ofensiva, enquanto a equipe de Porto Feliz colocou-se mais adiantada, aceitando os riscos de uma pressão no campo adversário, e progrediu em campo, inclusive criando oportunidades, sobretudo pelo lado direito ofensivo. 

     Pois bem, aos 64', logo após a comissão técnica da equipe prudentina ter promovido as estreias dos recém-contratados Assuério e Adaílson, substitutos de Rafinha e Luquinha, respectivamente, em lance isolado, o árbitro determinou a expulsão de Giba, a deixar a equipe do DB com um jogador a menos. A decisão extrema da arbitragem, importante destacar, e ao largo de qualquer juízo de valor, ocorreu em contexto de um confronto muito disputado e faltoso, haja vista o cômputo de treze cartões, entre amarelos e vermelhos, apresentados ao longo da partida.  

[2o tempo] Variação de composição 01. 

     De qualquer forma, a expulsão representou divisor de águas na partida, vez que, ainda que se comportasse agressivamente em termos de embate individual no campo adversário e iniciativa ofensiva a equipe do Desportivo Brasil, o prejuízo numérico foi fator determinante, a medida que a equipe prudentina retomou o controle da posse de bola e do ritmo da partida, e atuou majoritária e tranquilamente no sentido da manutenção do resultado favorável. 

     Na parte derradeira da partida, mais alterações pontuais na equipe do Grêmio Prudente em decorrência do desgaste físico dos jogadores, e outra expulsão de atleta do DB, em ato de nítida agressão ao jogador adversário que se encontrava caído no gramado. 

[2o tempo] Variação de composição 02. 

 
[2o tempo] Variação de composição 03. 

    
     Em resumo, 20 a 25 minutos de ótima atuação coletiva, controle e ampla superioridade ante ao adversário mesmo que fora de casa, todavia, após a construção do placar favorável, alteração drástica de postura coletiva, recuo demasiado e proposta de reatividade ineficiente. O trecho inicial da partida evidencia a capacidade e o potencial coletivo de propor e impor determinado cenário de jogo, ao passo que o restante da partida demonstra panorama diverso, certa vulnerabilidade e ineficiência no que diz respeito à mudança de proposta e à imposição de adversidade pela equipe adversária. 

     De qualquer forma, concretizado o resultado positivo conquistado fora de casa - no primeiro dos seis confrontos a serem disputados nessa segunda fase da competição -, e somados os três primeiros pontos ganhos junto ao Grupo 3, na disputa pela vaga à semifinal do Paulistão A3.

     Por derradeiro, registro do resultado da outra partida do Grupo 3: União Suzano 0x1 São José.

     Seguimos! 
     Afinal, a bola não entra por acaso.

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